quarta-feira, 15 de março de 2006

Um poema ao sol... numa noite de eclipse da lua

Porque estou feliz... apetece-me abrir a gaveta!
Eclipse da lua?! Prostro-me diante do sol.

Poema ao sol...

e à chuva que se glorifica
em cada gota que ao mar retorna.
Um novo regresso, uma nova Primavera!
Um sorriso estridente, uma lágrima cativa.
Sonhos, quimeras, utopias...
Desejos, ilusões, fracassos...
E a chuva que se anima
em cada vela içada ao vento;
em cada navio aportado,
alguém proclama a calmaria.

Um dia, o velho marinheiro regressará
e, com ele, aquele sol por quem as searas
e os pardais se curvam.
Quando a natureza o receber,
querubins e belas sereias se unirão
e do acto florescerá a mudança.
A chuva perderá o esplendor de outrora -
- fim da procela.
Renascerá um verde novo ramo.
Urge agreditar na metamorfose!
(1997)

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