segunda-feira, 13 de julho de 2009

Indiferença


"O amor está mais perto do ódio do que a gente geralmente supõe. São o verso e o reverso da mesma moeda de paixão. O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença"

Erico Veríssimo
Amei-te como se ama o mar.
Não te amo; não te odeio.
Indiferença, é isso, então, indiferença!

Indiferença é o que sentimos quando todos os outros sentimentos já não existem ou nunca existiram.
Indiferença é olhar para o mar e ele nada me trazer de ti.

Engraçado...
voz: - por que raio trazes isto para aqui agora? Apaixonaste-te de novo foi?
eu: - eu?! Nã!
voz: - então mas isto não foi escrito a propósito daquilo?
eu: - sim, e depois?
voz: - não é apropriado falares de coisas que não sentes no presente!
eu: - talvez tenhas alguma razão... (silêncio)
mas isto da indiferença aguça-me o mau feitio!
E olha que até sinto... só que desta vez estou na margem oposta do desprezo.

Frieza e insensibilidade (ou faz de conta que é isso), tanto me faz como fez, desprezo, arrogância e um orgulho exarcebado
(ainda por cima quando tudo não passa de uma capa para esconder uma grande dose de insegurança e um terrível medo de rejeição)
É QUE NÃO HÁ PACHORRA!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

To where you are

7 meses...
Sinto-te sempre comigo, mas choro a ausência física!

Who can say for certain
Maybe you’re still here
I feel you all around me
Your memory’s so clear
Deep in the stillness
I can hear you speak
You’re still an inspiration
Can it be

Contemplo o mar, sinto a brisa!
Recordo o teu último beijo,
fecho os olhos e (quase) tenho o teu abraço!

Fly me up to where you are

Beyond the distant star
I wish upon tonight to see you smile

If only for a while to know you’re there

A breath aways not far to where you are


Estou vulnerável, frágil, sensível, chorona, insuportável...
Se eu te visse sorrir a minha alma ficaria mais serena.



- Estiveste a chorar, madrinha?
- Sim...
- Tens saudades da tia?
- Sim, J.
- Eu também tenho e olha nem uma "lácrima"; a tia não gosta de lágrimas!
- É verdade, J.
- Nós gostávamos muito da tia... de a ter aqui... mas o Jesus também gosta e estava a precisar muito dela...
- Pois estava, J.
(e fico em silêncio; não tenho outra resposta para a pequena de 6 anitos que nos ensina tanto!)

Ao recordar é como se cada momento voltasse a acontecer! Tenho exactamente as mesmas sensações; é tudo tão presente, tão real; é estranho e extremamente doloroso!

"And if God willing we will meet again someday"

sexta-feira, 19 de junho de 2009

(Re)ENCONTRO-TE

"Encontraram-se.
E o amor dos dois também se encontrou.
(...)
O amor desfrutou do corpo dele e de todo o seu ser...
O amor desfrutou do corpo dela e de todo o seu ser...
Foi tudo tão novo!
Tão inesperado!"
Do livro Fala-me de Amor, de Graça Gonçalves

 

Almas que vivem intensamente, que amam, que se apaixonam, que sentem, que riem, que choram, que caem e se levantam, que se armam em valentes e são mais frágeis que uma rosa, que aparentam ser indestrutíveis e que se curvam perante uma ligeira brisa de emoções, que já ganharam e já perderam, mas insistem em valorizar e mostrar as venturas e nunca as mágoas,
essas almas conhecem-se!
Essas almas anseiam amar e ser amadas!
Essas almas encontram-se!
 

Acelere, menina!

Não haveria nada de extraordinário nesta frase se...
...não tivesse sido proferida por um agente da autoridade;
...a menina não fosse (quase) uma verdadeira trintona!

Ora pois é...
está a dita menina em vésperas do tal 31 que há muito se apregoa e eis que o senhor polícia não lhe identifica as rugas nem a flacidez e ainda lhe dá ordem para carregar no pedal (como se ela precisasse de autorização)!
(será que a menina lhe deveria ter dado conhecimento das 5 multas por excesso de velocidade?!)

eu: - como é que eu vou para o Forte da Barra?
agente: - entra no IP5 e vai à rotunda, blá, blá, blá...
eu: - mas eu tenho um barco para apanhar...
agente:- olhe, menina, acelere!

E a menina acelerou!

Tenho escrito e tenho dito

Para aqueles que por aqui passam diariamente (desconfio) e reclamam* novas letrinhas:

eu continuo a escrever
e, principalmente,
a VIVER


Como já disse em tempos idos...
escrevo noutros sítios e de outras formas;
escrever com os sentimentos é algo que tenho de fazer sempre; preciso disso para viver, como de ar, como de água
(sou uma mulher de sentidos).
Por exemplo...
...gosto de escrever na pele de outras pessoas, de gravar frases incompletas nos corações, mesmo nos mais duros;
às vezes tenho sucessos editoriais...
...outras nem por isso,
mas vai dando para sobreviver da escrita;
e quando atingir o auge, quando finalmente concluir o best seller da minha vida...
...prometo publicação.
Até lá, escrevo apenas.
E vivo, principalmente!

E mergulho no mar ao entardecer, extasiada!
E sinto-me viva!
E rio e choro!
E mimo-me!

*vigiam-me no silêncio porque os comentários raramente aparecem!
Ainda assim, eu respeito-vos, caros leitores, curiosos e afins, anónimos e pseudo, tímidos ou nem por isso;
vinde, entrai e lede-me!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

(Des)ENCONTRO-TE

DESENCONTROS
(a letra é do Luís Represas e da Margarida Pinto Correia;
as maiúsculas e as alterações de género são da minha lavra)


Se ELE pressentisse
O olhar que me devolve

As ânsias sem idade
Os olhares ao espelho sem piedade
A verdade foge trémula e sem serenidade

Se ele sentisse
Só por uma vez

Que paro quando fala

Que rio quando olha
E coro quando é para mim

E quero que me agarre


ELE nem imagina

Ele nunca me vai ver

Volto a cruzar-me com ELE

Fingindo não o ver
E por isso nunca

Ele nunca vai saber
O quanto eu te quero


ELE vai rir-se quando lhe contar

Que um dia quis dar-lhe o mundo
Mas não O soube chamar

O seu cheiro passa solto

E leve como o ar

Ele vai ter um sonho por guardar

O tempo não tem escolha

E a alma passou longe
Adeus! Será que é Adeus?

Eu não te perco mais

terça-feira, 2 de junho de 2009

Parabéns, naturalmente

Nature Boy
Composição: Eden Ahbez + alguns acrescentos da minha lavra

There was a boy
A very strange, enchanted boy
They say he wondered very far
Very far, over land and sea
A little shy and sad of eye
And then one day,
One MAGIC DAY, he passed my way
e sorriu
o seu sorriso aplacou a minha mágoa
no meio da adversidade
a minha alma sorriu também
mostrei-lha e ele percebeu-a
While we spoke of many things
eu disse-lhe e ele disse-me sem nunca termos dito:
The greatest thing you'll ever learn
Is just to love and be loved in return
e hoje somos amigos e cúmplices

Gosto de ti, miúdo grande!
Há dias mágicos!
E porque hoje o dia é mágico...
...aqui estou eu, usando o espaço dos instantes, para te desejar um Feliz Aniversário, obviamente!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Procrastinar

Decretos, despachos, actas, entrevistas, relatórios, municípios, presidentes, vereadores e professores...
...e se de repente mandasse tudo às urtigas
e fosse contigo sentir o mar?

Demoras muito?
Anda, vamos ver o MEU mar,
vamos ouvir o TEU mar,
vamos partilhar o NOSSO mar!


Ora então aqui fica o aviso:
VOU MESMO PROCRASTINAR!!!
Só espero que algumas pessoas não venham ao espaço dos instantes hoje!
Fui!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

"The night belongs to lovers"

Há noites assim...
(sem amantes, sem fogo, sem desejo)

"Take me now baby here as I am
Hold me close, try and understand
Desire is hunger is the fire I breathe
Love is a banquet on which we feed
Come on now try to understand
The way I feel when I'm in your hand
Take my hand come undercover
They can't hurt you now, can't hurt you now, can't hurt you now
Because the night belongs to lovers
Because the night belong to lust
Because the night belong to lovers
Because the night belong to us"

E ao som da batida, com as pernas a doer, liberto uma energia imensa; e tudo passa!
O esforço leva-me à exaustão;
gosto de me sentir assim; não penso.
(Eu não digo que isto mais do que tonificar me faz bem é à cabeça!)
Obrigada, B., és excelente!

"forgive the yearning burning

I believe in time too real to feel
So take me now, take me now"

Há pessoas assim

gosto de pessoas
gosto de pessoas que sorriem
gosto de pessoas que não complicam
gosto de pessoas que me surpreendem
gosto de pessoas que não ousam mentir
gosto de pessoas que me descobrem a alma
gosto de pessoas que amam o mar e sabem a mar
gosto de pessoas que sentem e partilham o que sentem
gosto de pessoas que me envolvem num abraço e me dizem
desejo-te como desejo o mar

Uma vez mais reconheço a verdade no que sinto:
jamais poderei amar alguém que não ame o mar

Vens comigo apreciar uma onda perfeita?
(... ) (há-de vir para aqui uma citação)
Porque no princípio estará sempre o MEU mar*


Reparo: não era esta a foto que te tinha pedido; queria aquela... sabes, aquela onde se vê o meu farol!...

*inspirado no título do livro No princípio estava o mar, de Gonçalo Cadilhe

sexta-feira, 22 de maio de 2009

"I'm feeling you every day"

- O que tens?
- Não sei? Apetece-me chorar?
- E de onde veio essa vontade?
- Não sei, já te disse! Não insistas.

(silêncio)

- Precisava tanto do colo da Mãe... da serenidade e da segurança que só ela me transmitia...

(A Mãe costumava dizer):- tens uma estrelinha a olhar por ti!
- Então quer dizer que agora tenho duas?
- Sim, tens, e uma quase certeza de que tudo na tua vida só poderá correr bem.
- Sim, vai correr, e tenho uma quase certeza de que estou segura porque
"now she lives in heaven
but I know they let her out
to take care of me"

- O que estás a fazer J.?
- Estou a desenhar, não vês?
- Sim, mas o que estás a desenhar?
- Uma estrela.
- E o que significa essa estrela?
- As lembranças... as lembranças da tia.
(silêncio)
(engulo em seco)

Sabes, também gosto do Robbie



Jornal da Noite em directo da UA

Olho pela janela.
Anda para ali uma agitação!...
É a TV, é a TV!

"Esta sexta-feira, a partir da Biblioteca da UA
Com a aproximação das eleições Europeias, Autárquicas e Legislativas, o «Jornal da Noite» da SIC está a emitir um complemento especial de informação sobre as grandes questões nacionais. O tema Educação será tratado esta Sexta-feira, 22 de Maio, a partir das 21h00, em directo da Biblioteca da Universidade de Aveiro. Clara de Sousa vai conversar cerca de 20 minutos com a Reitora da UA e com o Presidente da Associação Académica, entre outros professores e alunos, sobre as profissões do futuro, Bolonha, experiências Erasmus e muito mais. Para assistir ao vivo basta aparecer na Biblioteca pouco antes das 21h00." In uaonline

quinta-feira, 21 de maio de 2009

"Rosa, Esperança"

Grande Entrevista sobre cancro da mama
Vejam hoje o programa Grande Entrevista, da jornalista Judite de Sousa, na RTP1, a seguir ao Telejornal; eu acho que não vou conseguir...

A Judite de Sousa vai entrevistar a Manuela (a Nela), uma das amigas do peito que, durante muito tempo, acompanhei.
O tema será o projecto Rosa Esperança - mulheres e o cancro da mama. Segundo a entrevistada, "vai falar-se de cancro da mama, de Rosa, Esperança, de esperança, de esperança e de esperança..."

Arranjei forças, visitei as amigas do peito e por lá deixei umas letrinhas:

Olá Nela,
divulguei a Grande Entrevista no meu espaço dos instantes.
Há muito tempo que não vinha aqui ao seu espaço... faltava-me a coragem.
Durante algum tempo eu fui uma fiel seguidora, quase sempre no silêncio, dos blogues das amigas do peito. Atrevo-me a dizer amigas do peito porque, de facto, sentia cada uma de vocês como uma amiga. E também por isso tive de deixar de aqui vir... quando vinha, tomava conhecimento de um adeus, às vezes de um sucesso, mas logo a seguir um adeus... primeiro a Cláudia e depois tantas outras. E doía.
A Mãe tinha cancro da mama... e uma vontade de viver imensa! E eu sentia o sofrimento dela, sentia o vosso, sentia o de todos aqueles rostos no IPOFG com quem fui trocando sorrisos e palavras.
A Mãe batalhou como cada uma de vocês; lutou com todas as suas forças durante oito anos..
Em Dezembro, o bichinho, como a Mãe carinhosamente lhe chamava, foi mais forte que ela.
No murmúrio de um dia de chuva, a Mãe partiu serena, envolta na mesma tranquilidade que beijara toda a tua vida.
Dói muito!
Beijinhos para todas e nunca desistam!

A resposta fez-me chorar; sinto tantas vezes a Mãe a brincar comigo...

Olá Fada do Mar,
Lamento muito, mesmo muito saber dessa notícia. Fico melhor ao ler que a mãe partiu serena e tranquila.
E espero que consiga, com o tempo, também viver esta experiência com serenidade e tranquilidade, reservando as memórias doces. Um dia, quem sabe se de chuva também, irá sorrir a propósito de nada e sentirá na brisa que passa um cheiro familiar, daqueles que lembram a nossa Casa... é a mãe a brincar consigo.
Um dia...

Obrigada pelas suas palavras, Nela.
Umas lágrimas escaparam, mas senti, na brisa de que fala, a minha Mãe a brincar comigo e a pedir-me para sorrir. Estou a sorrir!

Always expect the unexpected

eu: - sabes o que significa um abraço para mim?
tu: - não, diz lá.
eu: - para mim um abraço é um beijo dado com o corpo todo.
tu: - ah, por isso...
eu: - sim, por isso... gosto tanto de abraços.
Abraças-me?

eu: - e o que faço agora?
tu: - não fazes nada. Fechas os olhos e sentes, apenas.

E sinto.
E sinto-me.
E sinto-me a partilhar beijos de corpo inteiro.
E sinto-me viver de novo!

Adoro quando me surpreendes!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Sagres

O que é isto? O meu canto lindo e calmo invadido por mirones? O que é que vocês estão aqui a fazer? Ide embora, já, ide...


voz: - ah, é a Sagres!
eu: - ah é a Sagres?! E que tenho eu a ver com isso? Quero é o meu lugar para estacionar!
voz: - mau feitio!
eu: - não comeces.
voz: - que se passa contigo? Tu adoras barcos...
eu: - sim, mas quero chegar a casa; posso?

Por causa de um comentário do género "quero fotografar aquela rapariga que ali vai", roubei esta foto; agora, o fotógrafo, se quiser, que venha cá reclamar os direitos de autor!


a voz: que mau feitio! Não tens emenda, miúda!

"Pheromones: fact or myth?"

No que esta casa se está a tornar... e onde isto nos vai levar!
Está tudo louco e estamos na Primavera!

Ele é SexLab;
ele é Sexologia: Regresso ao futuro
e agora: Pheromones

- Ah, então tu investigas lá...
- (num misto de fúria e de pudor) investigo, sim, mas não tenho nada a ver com isto; eu é mais políticas! Além de que não é mito coisa nenhuma que eu bem sei!

Para os interessados no assunto aqui fica a divulgação

«Pheromones: Fact or Myth?» é o tema de uma conferência que o Professor Doutor Mats J. Olsson, especialista em Psicologia Experimental do Instituto Karolinska, em Estocolmo, apresenta, no dia 21 de Maio, na UA. Organizada pelo Departamento de Ciências da Educação, a iniciava tem início às 14h30, no anfiteatro do Departamento do Ambiente e Ordenamento. in uaonline

terça-feira, 19 de maio de 2009

Summer wine

A Fada que aqui escreve pede para avisar que deve estar doente; está sem apetite (não é sem apetite para trabalhar, ó más línguas, que isso já nem a Fada considera sintoma de doença) .
A Fada nunca perde o apetite; nada tira o apetite à Fada.
Só pode ser do vinho de verão*!

- "Strawberries, cherries and an angel's kiss in spring
My summer wine is really made from all these things"

- "I walked in town on silver spurs that jingled too
A song that I had only sang to just a few

She saw my silver spurs and said let pass some time

And I will give to you summer wine"


- "Oohh, oh summer wine"

*O verão ainda vem longe, apesar do sol e do calor; não há vinho, somente chá; no jogo de sedução não há esporas de prata, nem cerejas; mas há beijos e sorrisos de primavera que deixam a Fada inebriada! Nesse estado de completo êxtase deixa-se absorver pela intensidade do momento; queima livros, ignora regras; vive apenas e sente-se viver, naturalmente! (post em actualização)




segunda-feira, 18 de maio de 2009

Surpreendida

Ah e tal já poucas coisas me surpreendem!
Ah e tal já é difícil alguém me surpreender!
Ah e tal...
surpreendeste-me!
Tens mar no nome e cheiras a maresia!

Vícios?! Pequenos nadas

viciada em

- Holmes and SPA;
- sorrisos partilhados;
- abraços genuínos;
- palavras murmuradas no silêncio do meu mar;
- sinceridade;
- seduzir e ser seduzida;
- sentir e comunicar o que sinto;
- pequenos nadas que fazem a diferença.

Viver intensamente é saborear os pequenos nadas e,
como diz o Gabriel, o (poeta) Pensador*,

"A vida é feita de pequenos nadas
Que a gente saboreia, mas não dá valor
Um pensamento, uma palavra, uma risada
Uma noite enluarada ou um sol a se pôr
Um bom dia, um boa tarde, um por favor
Simpatia é quase amor

E é por isso que eu não fico satisfeito em sentir o que eu sinto
Se o que sinto fica só no meu peito
Por mais que eu seja egoísta
(Aprendi a dividir as emoções e os seus efeitos)
Aprendi a dividir minhas derrotas e minhas conquistas
Nada disso me pertence
É tudo temporário no tapete voador do calendário
Já que temos forças p'ra somar e dividir
Enquanto estivermos aqui
Se me ouvires cantando, canta comigo
Se me vires chorando, sorri

Nossa rota é incerta
Mas o que não incerto na vida?

Tás a ver o que eu estou a ver?
Tás a ver estás a perceber?
Tás a ouvir o que eu estou a dizer?
Tás a ouvir estás a perceber?

Tás a ver a vida como ela é?
Tás a ver a vida como tem que ser?
Tás a ver a vida como a gente quer?
Tás a ver a vida p'ra gente viver?"


O Gabriel reuniu em versos tudo o que estou a sentir (e fê-lo tão bem)! Por isso, as palavras do poeta, entoadas pelo próprio, pela Adriana e pelo Sérgio, ouvem-se hoje por aqui.

Parabéns, miúda!

Repito-me
ao trazer para este instante o que senti noutro instante (1982) e escrevi noutro instante (2006).

Com a mana no meu frágil colo de 4 anos:
- Olhem, é uma menina! Fui eu que a pedi. E abriu os olhos para mim!
Não foi nada a cegonha... foi aquela história da sementinha que a Mãe contou.
Alguns anos (coisa pouca, cof, cof, cof) mais tarde...
- Só vou aí jantar se houver bolo!
Parabéns, miúda!

E porque desafino a cantar os parabéns aqui fica o link do vídeo mais animado, mais colorido e mais infantil que encontrei no youtube! (oh não, o que eu fiz! Isto é muito mau!)

E agora algo mais sério e mais intenso
(mantendo o português brasileiro)

Maninha
Se lembra da fogueira
Se lembra dos balões
Se lembra dos luares dos sertões
A roupa no varal
Feriado nacional
E as estrelas salpicadas nas canções
Se lembra quando toda modinha
Falava de amor
(...)
Se lembra da jaqueira
A fruta no capim
O sonho que você contou pra mim
(...)
Se lembra do jardim, ó maninha,
Coberto de flor
(...)
Se lembra do futuro
Que a gente combinou
Eu era tão crinça e ainda sou
Querendo acreditar
Que o dia vai raiar
Só porque uma cantiga anunciou
Chico Buarque, 1977

"É tudo mentira, tudo mentira! É uma infância imaginária; não tinha jaqueira coisa nenhuma"; não havia fogueira, nem balões, nem luares dos sertões;
mas havia felicidade, amor, brincadeira, abraços e sorrisos; havia cumplicidade e uma amiga invisível que se chamava Sónia; havia uma menina que chupava no dedo e outra que chorava por tudo e por nada; havia uma que gostava de brincar com legos e outra com carrinhos; havia uma que era gordinha e tinha bochechas e outra que era uma magricela que metia dó; havia uma de cabelo lisinho e outra com caracóis;
e ambas sonhavam...
Coisas de Fada para baralhar as gentes!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Peixe alucinó-quê???

Está tudo doido!
Está tudo explicado!
A culpa é de um peixe!
Anda por ai gente desvairada, desorientada, em delírio e a ver coisas apenas porque ingeriu a cabeça de um certo animal vertebrado que nasce e vive na água e que respira por guelras!
Qual LSD?! Em tempos de crise, pesca-se!
Atenção que não é um peixe qualquer que nos põe em êxtase e desenganem-se os mais astutos:
ouvi dizer que o dito (a salema) não se dá bem na nossa ria,
mas pelos vistos já se habituou às águas da Grã-Bretanha!
Um pescador encontrou uma salema na costa da Cornualha e os especialistas suspeitam de migração da espécie provocada pelo aquecimento global.

Salema, Sarpa Salpa

"A espécie de peixe branco, sarpa salpa, é normalmente encontrada nas águas mais quentes da costa de Tenerife, Malta e Chipre.
O seu consumo normalmente não traz riscos, mas a ingestão da cabeça pode levar a alucinações semelhantes às experimentadas pelo consumo da droga LSD.
Outros peixes semelhantes, que se alimentam de plâncton, também seriam capazes de produzir o mesmo efeito.
Segundo os especialistas, o efeito alucinogénio seria provocado pela intoxicação do peixe ao consumir grandes quantidades de plâncton, que contém uma pequena quantidade de veneno.
Em 2006, dois homens, um deles com 90 anos, foram hospitalizados no sul da França com alucinações após comer sarpa salpa num restaurante." in Diário Digital

Leram bem?! Um dos senhores tinha 90 anos!
Alucinações por causa do peixe... bah...
Ora saia uma salema grelhada, "faxavor", que são horas de almoçar!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Profissão: detective

de saltos altos!


Fosse por andar a ler demasiado sobre investigação (qualitativa) ou por andar a ver umas séries na TV (mais a segunda que a primeira)
a verdade é que...
... descobri há 3 meses que me passou ao lado uma brilhante carreira de detective! Sou mesmo boa nisto!

Se a coisa não correr bem com as doutorices, posso sempre mudar de profissão; afinal, sou uma fada de mil ofícios!
E deixo um aviso à navegação: cuidado comigo e com as minhas capacidades de desmascarar mentirosos!

(Conseguiram ouvir a gargalhada que dei agora?)
Já consigo rir do "assunto", o que é muito bom sinal!
Aquilo da simbologia dos números é capaz de fazer algum sentido; pelo menos neste caso faz:

3 é o primeiro número perfeito e simboliza união e harmonia!
Sinto-me em paz!

(roubei* a foto na net, mas como ninguém ficou sem ela nem foi roubar...
Senhores das informáticas (ET's e CT's), é assim, não é?
Ah, e podemos "descarregar" todos à vontade que o nosso Governo não castiga!)

*adenda: ok, ok, não é roubar é copiar.
E copiar sem autorização não é roubar?!
Copiar sem autorização é plagiar;
plagiar é roubar!
Olha a detective a dar de si...
Contra as dúvidas... investigar, investigar!

domingo, 10 de maio de 2009

"Friends will be friends"

A todos vocês que me têm segurado as pontas
e que me têm ajudado a levar o barco
obrigada por existirem na minha vida!
Como diria alguém: vocês sabem quem são! *

E façam o favor de se enquadrarem nas secções que se seguem (chamo a atenção para o facto de todos irem pulando de categoria em categoria e de todos terem "características" de mais do que uma em momentos e circunstâncias diferentes):

1 - há aqueles que estão sempre lá e que têm sido os verdadeiros portos de abrigo; aqueles que, estando eu prestes a bater com a cabeça, surgem não sei bem de onde e postam-se entre a parede e a minha cabeça (que metáfora mais estranha! Que fique claro que (ainda) (nunca) não bati com a cabeça na parede!);

2 - há aqueles que me vão amparando nas quedas, que me esticam uma mão para me erguer; que me oferecem sorrisos, palavras, flores, ombros, abraços, postais com faróis, que escutam os meus desabafos sem me julgarem;

3 - há aqueles que me ouvem sempre, que me compreendem em silêncio, que aturam os meus amuos, as birras, a má disposição, e mesmo que feridos pelo meu mau feitio voltam quando acalma a procela;

4 - há aqueles que por tanto me quererem ver bem estão sempre em cima a controlar tudo não vá eu precisar de uma mão ou de um sorriso; é frequente ouvi-los dizer "já almoçaste?", "estás mesmo bem?", "tens a certeza?", "estás mesmo a sorrir?";

5 - há aqueles que entraram na minha vida há pouco tempo e já fizeram tanto por mim;

6 - há aqueles que mesmo distantes fisicamente me vão mandando emails, sms, e outras modernices, para me dizerem simplesmente que estão ali se eu precisar (e sei que estão mesmo);

7 - há aqueles que se afastam por não saberem lidar com a dor, com o sofrimento, com a perda; sei que estão comigo no silêncio e que se precisar deles bastar-me-á dar-lhes um abanão;

(- há aqueles que se afastaram mesmo e por isso já não entram em nenhuma categoria; sem estes passo eu bem!)

O Freddie canta para mim e eu sinto mais do que nunca a veracidade das suas entoações:

E a Fada levanta-se e caminha, como já disse ali em baixo!

* Tinha de o fazer publicamente aqui no espaço dos instantes!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Por uma boa causa

Vamos ver se aqui o espaço dos instantes pode ser útil.
Aproveito o instante para divulgar num instante o evento do ano* (cof, cof, cof)

E é uma boa causa porque
- tirando o porco espetado no pau, peço desculpa aos mais impressionáveis, ouvi dizer que vão lá estar uns meninos de "Abeiro" a cantar e a tocar e que haverá muita cerveja (perdão, suminho natural que aquilo é uma festa de crianças);
- o dinheiro angariado com este evento servirá para a remodelação do espaço exterior do Centro Social e Paroquial de S. Jacinto e para a construção de um parque infantil.
Depois poderemos dizer todos juntos:
S. Jacinto já tem um parque infantil!...

...mas não tem transportes fluviais capazes de responder às necessidades da população!**

*Vais ter de pagar isto muito bem, mana!
**Isto "estava-se-me" aqui atravessado desde ontem! (esta linguagem e o tom de crítica lembra-me outro espaço, mas é que no que toca a lanchas e ferry... tudo contra!)

Frase do dia

Isto de ter agendas que são diários e diários que são agendas...
...abre-se a página e ouve-se a voz do Mário*

"Queria de ti um país de bondade e de bruma
queria de ti o mar de uma rosa de espuma"


e por causa destes versos do Mário* lembrei-me de um outro


"Ama como a estrada começa"


Porque a estrada começa para a Fada do Mar...
Porque para a Fada do Mar as estradas são canais...

*As palavras são do Mário Cesariny de Vasconcelos, mas a foto é mesmo minha! E é linda!

É oficial!

Para quem ainda não sabe:

a Fada do Mar levantou a cabeça, erguendo-se lentamente, saudou o dia e a vida e revela sinais de querer dar os primeiros passos!
E não é apenas uma mudança de avatar!

Coleccionando avatares



quarta-feira, 6 de maio de 2009

In memory



A imagem veio daqui.
As letrinhas foram escritas no dia 6 de Março.


6 de Março de 2009
O dia acordou triste tal como há 3 meses. Por entre o cinzento que me envolve, vai caindo uma chuva miudinha daquela que, irritando o corpo, molha a alma.
Recordo-te

partilhavas comigo o gosto pelo mar; preferias a maré baixa.
Ensinaste-me tanto;
deste-me tanto!

Aprendi e hoje sou!
Se chorava, aplacavas a minha dor;
se ria, rias comigo;
Se receava, abraçavas-me no infinito da tua serenidade.
Estavas lá sempre; vinhas com um sorriso mesclado de esperança e de uma certeza infinita de que tudo se resolvia.
E resolvia.
E eu sossegava no teu abraço.

O mar era revolto em mim tantas vezes e nesses momentos tu vinhas, ouvias no silêncio da tua compreensão e eu recuperava as forças que perdera.

No murmúrio de um dia de chuva (daqueles de que não gostavas, Mãe) partiste serena, envolta na mesma tranquilidade que beijara toda a tua vida.

Deixaste-me um grande legado, o legado do exemplo.
A herança é pesada e cabe-me cuidar dela e mantê-la: a tua coragem, a tua determinação, a tua serenidade, a infinita capacidade de aceitar, o teu sorriso, a alegria contagiante, o gosto pela vida, o dar sem exigir em troca, o amor...
o viver um dia de cada vez,
(nem sempre sou capaz).

Dói.
As saudades sufocam-me dia após dia.
Consola-me a certeza de que estarás sempre comigo
porque te amei e tu amaste-me;
porque te amo e tu amas-me.


"Till we meet again, until then, goodbye" Mother!


Desculpem a musiquinha, também não gosto muito da Celine, mas as imagens do Rei Leão e as palavras valem o esforço de suportar o audio!
Este foi um dos muitos filmes de animação que eu e a Mãe vimos juntas (muitas vezes na companhia da pequenita J.)

Angel

Hoje tive coragem de voltar ao espaço dos instantes.
Hoje o sol brilha, contrariando os dias 6 dos últimos 5 meses!
Hoje, neste meu regresso à blogosfera, e antes de dizer seja o que for, fico em silêncio.









Hoje, a música que durante muito tempo não consegui ouvir (ainda choro) e que ficará sempre associada aos que partem demasiado cedo desgastados por um tal bichinho, como a Mãe lhe chamava...