sábado, 4 de março de 2006

Pobres gansos... E eu sem sono!

Ainda não fui dormir.
O sono não chega... voltei aqui, perdida na sordidez de um mundo.
Será do vento e da chuva que teimam e me assustam? Será das dores do parto? (Calma, afinal foi só um blogue!)
E fui lembrar-me agora dos pobres gansos patolas... engripados?! (Aqueles que apareceram aqui na praia vizinha-da-minha-mas-não-tão-bela...)
Recorda o meu pai os tempos em que a fome espreitava por essas terras de pescadores; noite de temporal; manhã de chuva miudinha; praia repleta de transeuntes buscando patos em estado de coma; arroz dos ditos para o almoço.
Qual gripe? Aos desgraçados faltaram as forças para voar "à bolina"... exaustos, prostrados... era vê-los na areia...
Noutros tempos: caça fácil; hoje: potenciais vítimas de um tal H5N1.
Mudam-se os tempos...
Vou esquecer os patos, enfiar-me na cama e aninhar-me nas palavras do João (Lobo Antunes).

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