segunda-feira, 13 de julho de 2009

Indiferença


"O amor está mais perto do ódio do que a gente geralmente supõe. São o verso e o reverso da mesma moeda de paixão. O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença"

Erico Veríssimo
Amei-te como se ama o mar.
Não te amo; não te odeio.
Indiferença, é isso, então, indiferença!

Indiferença é o que sentimos quando todos os outros sentimentos já não existem ou nunca existiram.
Indiferença é olhar para o mar e ele nada me trazer de ti.

Engraçado...
voz: - por que raio trazes isto para aqui agora? Apaixonaste-te de novo foi?
eu: - eu?! Nã!
voz: - então mas isto não foi escrito a propósito daquilo?
eu: - sim, e depois?
voz: - não é apropriado falares de coisas que não sentes no presente!
eu: - talvez tenhas alguma razão... (silêncio)
mas isto da indiferença aguça-me o mau feitio!
E olha que até sinto... só que desta vez estou na margem oposta do desprezo.

Frieza e insensibilidade (ou faz de conta que é isso), tanto me faz como fez, desprezo, arrogância e um orgulho exarcebado
(ainda por cima quando tudo não passa de uma capa para esconder uma grande dose de insegurança e um terrível medo de rejeição)
É QUE NÃO HÁ PACHORRA!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

To where you are

7 meses...
Sinto-te sempre comigo, mas choro a ausência física!

Who can say for certain
Maybe you’re still here
I feel you all around me
Your memory’s so clear
Deep in the stillness
I can hear you speak
You’re still an inspiration
Can it be

Contemplo o mar, sinto a brisa!
Recordo o teu último beijo,
fecho os olhos e (quase) tenho o teu abraço!

Fly me up to where you are

Beyond the distant star
I wish upon tonight to see you smile

If only for a while to know you’re there

A breath aways not far to where you are


Estou vulnerável, frágil, sensível, chorona, insuportável...
Se eu te visse sorrir a minha alma ficaria mais serena.



- Estiveste a chorar, madrinha?
- Sim...
- Tens saudades da tia?
- Sim, J.
- Eu também tenho e olha nem uma "lácrima"; a tia não gosta de lágrimas!
- É verdade, J.
- Nós gostávamos muito da tia... de a ter aqui... mas o Jesus também gosta e estava a precisar muito dela...
- Pois estava, J.
(e fico em silêncio; não tenho outra resposta para a pequena de 6 anitos que nos ensina tanto!)

Ao recordar é como se cada momento voltasse a acontecer! Tenho exactamente as mesmas sensações; é tudo tão presente, tão real; é estranho e extremamente doloroso!

"And if God willing we will meet again someday"

sexta-feira, 19 de junho de 2009

(Re)ENCONTRO-TE

"Encontraram-se.
E o amor dos dois também se encontrou.
(...)
O amor desfrutou do corpo dele e de todo o seu ser...
O amor desfrutou do corpo dela e de todo o seu ser...
Foi tudo tão novo!
Tão inesperado!"
Do livro Fala-me de Amor, de Graça Gonçalves

 

Almas que vivem intensamente, que amam, que se apaixonam, que sentem, que riem, que choram, que caem e se levantam, que se armam em valentes e são mais frágeis que uma rosa, que aparentam ser indestrutíveis e que se curvam perante uma ligeira brisa de emoções, que já ganharam e já perderam, mas insistem em valorizar e mostrar as venturas e nunca as mágoas,
essas almas conhecem-se!
Essas almas anseiam amar e ser amadas!
Essas almas encontram-se!
 

Acelere, menina!

Não haveria nada de extraordinário nesta frase se...
...não tivesse sido proferida por um agente da autoridade;
...a menina não fosse (quase) uma verdadeira trintona!

Ora pois é...
está a dita menina em vésperas do tal 31 que há muito se apregoa e eis que o senhor polícia não lhe identifica as rugas nem a flacidez e ainda lhe dá ordem para carregar no pedal (como se ela precisasse de autorização)!
(será que a menina lhe deveria ter dado conhecimento das 5 multas por excesso de velocidade?!)

eu: - como é que eu vou para o Forte da Barra?
agente: - entra no IP5 e vai à rotunda, blá, blá, blá...
eu: - mas eu tenho um barco para apanhar...
agente:- olhe, menina, acelere!

E a menina acelerou!

Tenho escrito e tenho dito

Para aqueles que por aqui passam diariamente (desconfio) e reclamam* novas letrinhas:

eu continuo a escrever
e, principalmente,
a VIVER


Como já disse em tempos idos...
escrevo noutros sítios e de outras formas;
escrever com os sentimentos é algo que tenho de fazer sempre; preciso disso para viver, como de ar, como de água
(sou uma mulher de sentidos).
Por exemplo...
...gosto de escrever na pele de outras pessoas, de gravar frases incompletas nos corações, mesmo nos mais duros;
às vezes tenho sucessos editoriais...
...outras nem por isso,
mas vai dando para sobreviver da escrita;
e quando atingir o auge, quando finalmente concluir o best seller da minha vida...
...prometo publicação.
Até lá, escrevo apenas.
E vivo, principalmente!

E mergulho no mar ao entardecer, extasiada!
E sinto-me viva!
E rio e choro!
E mimo-me!

*vigiam-me no silêncio porque os comentários raramente aparecem!
Ainda assim, eu respeito-vos, caros leitores, curiosos e afins, anónimos e pseudo, tímidos ou nem por isso;
vinde, entrai e lede-me!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

(Des)ENCONTRO-TE

DESENCONTROS
(a letra é do Luís Represas e da Margarida Pinto Correia;
as maiúsculas e as alterações de género são da minha lavra)


Se ELE pressentisse
O olhar que me devolve

As ânsias sem idade
Os olhares ao espelho sem piedade
A verdade foge trémula e sem serenidade

Se ele sentisse
Só por uma vez

Que paro quando fala

Que rio quando olha
E coro quando é para mim

E quero que me agarre


ELE nem imagina

Ele nunca me vai ver

Volto a cruzar-me com ELE

Fingindo não o ver
E por isso nunca

Ele nunca vai saber
O quanto eu te quero


ELE vai rir-se quando lhe contar

Que um dia quis dar-lhe o mundo
Mas não O soube chamar

O seu cheiro passa solto

E leve como o ar

Ele vai ter um sonho por guardar

O tempo não tem escolha

E a alma passou longe
Adeus! Será que é Adeus?

Eu não te perco mais

terça-feira, 2 de junho de 2009

Parabéns, naturalmente

Nature Boy
Composição: Eden Ahbez + alguns acrescentos da minha lavra

There was a boy
A very strange, enchanted boy
They say he wondered very far
Very far, over land and sea
A little shy and sad of eye
And then one day,
One MAGIC DAY, he passed my way
e sorriu
o seu sorriso aplacou a minha mágoa
no meio da adversidade
a minha alma sorriu também
mostrei-lha e ele percebeu-a
While we spoke of many things
eu disse-lhe e ele disse-me sem nunca termos dito:
The greatest thing you'll ever learn
Is just to love and be loved in return
e hoje somos amigos e cúmplices

Gosto de ti, miúdo grande!
Há dias mágicos!
E porque hoje o dia é mágico...
...aqui estou eu, usando o espaço dos instantes, para te desejar um Feliz Aniversário, obviamente!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Procrastinar

Decretos, despachos, actas, entrevistas, relatórios, municípios, presidentes, vereadores e professores...
...e se de repente mandasse tudo às urtigas
e fosse contigo sentir o mar?

Demoras muito?
Anda, vamos ver o MEU mar,
vamos ouvir o TEU mar,
vamos partilhar o NOSSO mar!


Ora então aqui fica o aviso:
VOU MESMO PROCRASTINAR!!!
Só espero que algumas pessoas não venham ao espaço dos instantes hoje!
Fui!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

"The night belongs to lovers"

Há noites assim...
(sem amantes, sem fogo, sem desejo)

"Take me now baby here as I am
Hold me close, try and understand
Desire is hunger is the fire I breathe
Love is a banquet on which we feed
Come on now try to understand
The way I feel when I'm in your hand
Take my hand come undercover
They can't hurt you now, can't hurt you now, can't hurt you now
Because the night belongs to lovers
Because the night belong to lust
Because the night belong to lovers
Because the night belong to us"

E ao som da batida, com as pernas a doer, liberto uma energia imensa; e tudo passa!
O esforço leva-me à exaustão;
gosto de me sentir assim; não penso.
(Eu não digo que isto mais do que tonificar me faz bem é à cabeça!)
Obrigada, B., és excelente!

"forgive the yearning burning

I believe in time too real to feel
So take me now, take me now"

Há pessoas assim

gosto de pessoas
gosto de pessoas que sorriem
gosto de pessoas que não complicam
gosto de pessoas que me surpreendem
gosto de pessoas que não ousam mentir
gosto de pessoas que me descobrem a alma
gosto de pessoas que amam o mar e sabem a mar
gosto de pessoas que sentem e partilham o que sentem
gosto de pessoas que me envolvem num abraço e me dizem
desejo-te como desejo o mar

Uma vez mais reconheço a verdade no que sinto:
jamais poderei amar alguém que não ame o mar

Vens comigo apreciar uma onda perfeita?
(... ) (há-de vir para aqui uma citação)
Porque no princípio estará sempre o MEU mar*


Reparo: não era esta a foto que te tinha pedido; queria aquela... sabes, aquela onde se vê o meu farol!...

*inspirado no título do livro No princípio estava o mar, de Gonçalo Cadilhe