sábado, 27 de maio de 2006

Pedaços de mim que vou deixando por aí

A propósito do que li na lente do C.N. (e trouxe para aqui porque isto de ser gaivota é destas paragens).

A noite passada acordei com o teu beijo
descias o Douro e eu fui esperar-te ao Tejo
vinhas numa barca que não vi passar
corri pela margem até à beira do mar
até que te vi num castelo de areia
cantavas “sou gaivota e fui sereia”
ri-me de ti “então porque não voas?”
e então tu olhaste
depois sorriste
abriste a janela e voaste

Sérgio Godinho

O meu lado gaivota deixou-me assim... sem forças, vazia de letrinhas, batem(-me) as asas das tremuras que (me) invadem as penas. Um vento mais forte; um voo mais baixo; beijo essa onda com o meu corpo frágil. Não aguento a procela, inclino a cabeça e deixo-me tombar.
Olha, volto mais tarde para comentar, pode ser?

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