quarta-feira, 19 de abril de 2006

É tudo meu!

Adoro a sinceridade, mesmo quando magoa, quando crava em mim a dor da incerteza.
Lamentam-se alguns dos que por aqui passam (mas fazem-no quase sempre na sombra) do escasso interesse das minhas letrinhas; da estranheza de não encontrarem no blogue informações sobre a minha vida.
O que queriam afinal? (Já falei disto uma vez.)
Não esperem aqui mais do que leves e subtis instantes (já vos disse).
Quem quiser saber da Rosa saberá encontrar formas de chegar a mim (a ela, quero dizer). Isto não é para isso.
Aquela que aqui se mostra não sou eu completa.
Estes instantes são pedaços de mim que se soltam porque eu deixo.
Estes instantes são pedaços de outros "eus", criações em verso solto de outras vidas, numa espécie de heteronímia desejada.
Os outros instantes... esses ficam presos na amargura que me consome.
(adaptação de uma mensagem enviada ao A.M. O título é quase todo do A.M.)

2 comentários:

Anónimo disse...

"O poeta é um fingidor...". Sinceridade também é para mim importantíssima. Mas aqui neste meio, temos de nos proteger, além de que a pessoa virtual nunca pode ser a real.

Fada do mar disse...

Paula: estás mesmo virada para o Fernando!
Eu tento sempre proteger-me... neste meio e nos outros. O virtual também é real. Ai que confusão!

eufigénio: mas que honra! Cá está o eufigénio, finalmente, interronpendo a interrupção.
Espere, eu já volto, vou vestir uma camisolinha; sinto-me nua.
Agora que a promessa está cumprida, não se sinta obrigado a estar... mas pode sempre passar.