terça-feira, 18 de julho de 2006

O mar aqui, a terra ali

(ou a terra aqui e o mar ali)

Pharos of Alexandria

Quem me conhece sabe desta minha paixão. Em tempos, percorri a costa portuguesa para apreciar de perto cada uma dessas pequenas maravilhas nacionais (que aquela ali é umas das sete do mundo antigo). Os faróis. Visitei alguns, percebi o funcionamento de poucos, fotografei todos.
Deixei-me envolver de tal forma pela mística do luzeiro que, em noites de trovoada, sonho com barcos à deriva em busca dessa luz que vem de terra e ilumina o mar, imagino um faroleiro e ouço-lhe as histórias aninhada em seu regaço.
Tremo em dias de procela ao sentir a força das ondas e os pedidos de socorro dos naufragos.
É de solidão que eu vivo; é do grito das gaivotas que eu, que também sou um pouco gaivota, me alimento. Eis-me só, rodopiando na claridade.

Hoje, orientada pela amiga T., cheguei a mais um porto de abrigo.
Se aqui se ouve o mar, "ali há terra..."

4 comentários:

Fada do mar disse...

Bonitas são as tuas cartas, Paulo, que (me) iluminam as segundas-feiras semana após semana.

Anónimo disse...

Era aqui que queria postar...agradecer a atenção e também dar os parabéns por gostares de ouvir o mar...e de faróis! Ainda há pessoas com bom gosto... ah ah ah ;))
Também vou passando por aqui. Também já estás lá..."onde há terra"...também há blogs de outros.
Bons posts e bom verão.

Fada do mar disse...

Obrigada, Sara.

Anónimo disse...

Brilhou tanto que até se viu ao longe