segunda-feira, 12 de junho de 2006

O regresso da águia

Parece que não fui a única a adormecer ontem...
Estupidamente ainda há em mim uma saudade; ainda reconheço o teu cheiro na minha pele; ainda sinto um desassossego na alma quando te falo, quando te sinto mais perto e deixo de ser eu a controlar estes dedos que aqui correm céleres.
Tenho tentado, acredita. Fujo de ti porque te sei a fugir de mim. E neste brincar de gato e de rato, neste voo de águia e de gaivota, vejo perder-se algo que não adivinho o que seja.
O que sinto? O que quero? O que penso?
Tu e essa tua insistência nas perguntas difíceis.
Não quero sentir, mas quando sinto quero... e só às vezes penso.
Acho que afinal fugimos ambos do mesmo.
Descobri agora que não perdi a capacidade de chorar.

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