terça-feira, 1 de agosto de 2006
POST MORTEM
segunda-feira, 31 de julho de 2006
As fadas também morrem
sexta-feira, 21 de julho de 2006
E eu a 300-e-tal-kms!...
quinta-feira, 20 de julho de 2006
A chegada do Orlando
Que ansiedade!
(momento de pura histeria; isto deve ser da hora)
quarta-feira, 19 de julho de 2006
Da solidão
A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.
O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e de ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.
Para Viver um Grande Amor, de Vinicius de Moraes
Mas...
Eu amo e quero amar mais e mais!
Quero dar amor, amizade, socorro... e, sem medos, deixar de estar só. (Nem que tenha de correr com esta estúpida solidão à marrada.)
terça-feira, 18 de julho de 2006
A solidão
E acontece-me deixar letrinhas por aí...
Lembrei-me da corda bamba em que danço, dos cadáveres deixados para trás na ânsia do esquecimento, do ficar ou não no mesmo lugar, do que é razoável na mutação do tempo, da procela durante a navegação onde às vezes a esperança também se põe.
Vou ver aquela série de que já vos falei, antes que saia mais disparate.
O mar aqui, a terra ali
Deixei-me envolver de tal forma pela mística do luzeiro que, em noites de trovoada, sonho com barcos à deriva em busca dessa luz que vem de terra e ilumina o mar, imagino um faroleiro e ouço-lhe as histórias aninhada em seu regaço.
Hoje, orientada pela amiga T., cheguei a mais um porto de abrigo.
sábado, 15 de julho de 2006
O Noddy é gay!
- Sabes, quando as nuvens ficam muito gordas, muito cheias de gotinhas de água, elas batem umas nas outras e por isso é que tu ouves aquele barulho. Não te assustes, a madrinha está aqui contigo (cheia de medo mas está).
- Olha madinha, estão a tirar togafias!

sexta-feira, 14 de julho de 2006
quinta-feira, 13 de julho de 2006
Embrulha
Afinal...
terça-feira, 11 de julho de 2006
Ao Syd Barrett

Há visitas e visitas
não consigo perceber como pode este meu depósito de instantes causar tanto formigueiro ao Ministério da Saúde.
Não (lhe(s) vejo o interesse mas que as visitas são diárias, lá isso são.
Ena tantos!!!
Começo a perceber, 4 meses após ter perdido a virgindade, as andanças e os meandros da blogosfera. Vai uma inexperiente miúda cair a um desses blogues famosos, dá-se o caso de gostar do que por lá encontra, de se perder em leituras e prazeres mais ou menos demorados e lá se condena o intacto corpo.
Aumentaram as visitas - é isto que vos quero dizer.
Prometo que, quando souber blogar como esses vetustos bloggers (ó Malaca, como é que se aportuguesa esta?) que me deliciam, irei ter um blogue a sério, ah pois; por agora, e enquanto a escrita amadurece, será apenas o depósito dos instantes.
De qualquer forma, obrigada a todos os que têm mergulhado no mar desta (vossa) humilde fada.
Da minha praia
segunda-feira, 10 de julho de 2006
Qual vaga de calor?!
Já chegou o carteiro!
A carta que não chega
Ai, quem me dera ver morrer a fera
Ah, se as pessoas se tornassem boas
Ai, quem me dera ao som de madrigais
Ai, quem me dera ouvir o nunca-mais
sexta-feira, 7 de julho de 2006
E o que é que eu faço agora?
quinta-feira, 6 de julho de 2006
Sorrisos que se trocam
quarta-feira, 5 de julho de 2006
De futebol falando...
Mas já não me apetece falar de futebol.
E pensar que eu tinha uma posta para aqui deixar mas que, por causa da máquina que teimou e não aceitou, não chegou a instalar-se. Pensando bem, foi melhor assim; é que as ditas linhas tocavam a música do acreditar.
Eu acredito.
(Eu que já quase não acredito em nada nem em ninguém. )
Força Portugal! Acreditar que os sonhos podem acontecer,
Eu acredito.
(Ainda bem que não escrevi nada disto; agora estaria a orar ao santo dos arrependidos.)
Novidades
Depois de devorar aquelas letrinhas mais rapidamente que os cereais, iniciei dura investida na ânsia de chegar a esse tal "especialista coraçãozeiro", a essa oficina onde fosse possível realizar não uma inspecção periódica mas uma revisão anual ao meu coração com direito a desentupimento dos (d)esgo(s)tos, afinamento de peças, polimento de arestas, em suma, limpeza de toda aquela merda que por lá se tem acomodado.
Sem serviço de páginas amarelas, encontrar esse todo poderoso não foi tarefa fácil mas na blogosfera há sempre quem dê um empurrão... e zás, entre uma linha e outra, lá estava eu na marquesa.
Levei o meu coração à oficina; entreguei-o aos cuidados do especialista. Andei sem ele. No seu lugar um vazio que se estendeu por longas ausências, que se fez em mil letrinhas. Está reparado*. Fui buscá-lo ontem e sinto-me outra porque também ele me parece outro (espero que continue forte para aguentar o que para aí vem).
Agora quero experimentá-lo. Quero apaixonar-me. Quero amar, amar...
Calma, nada de emoções muito fortes que o pobre pode não resistir (eu resisto sempre). E por falar nisso vou ver o jogo da nossa selecção. No intervalo, voltarei para retocar o texto que ficou muito deslavado. Ou talvez não. Afinal só eu me irei ler porque hoje o país está parado, porque hoje a blogosfera está parada, porque hoje é dia de mundial!
terça-feira, 4 de julho de 2006
No Glory

Damien Rice
The Blower's Daughter
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time
And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes...
And so it is
Just like you said it should be
We'll both forget the breeze
Most of the time
And so it is
The colder water
The blower's daughter
The pupil in denial
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes...
Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to
Leave it all behind?
I can't take my mind off of you
I can't take my mind...
My mind... my mind...
'Til I find somebody new
Gosto dos violinos. É ao som deles que vos anuncio que amanhã vos contarei uma novidade, já com o sótão arejado.
Agora vou ver uma das minhas séries preferidas.
Totobola 1x2
Ainda recordo a primeira vez (sem candidaturas inteligentes para pessoas pouco inteligentes, que os tempos eram outros) em que preenchi o boletim com cruzes ou códigos ou códigos e cruzes que o efeito para o caso deve ser o mesmo: a sorte grande ou (quase sempre) a aproximação.
Foi na cidade dos doutores, juntinho ao Portugal dos Pequenitos.
- Por favor, têm por aí um mapa de Portugal que me possam emprestar?
- Um mapa?! Tem a certeza, dra.?!
- Sim, é só do que preciso neste momento.
- ???
- Por que razão se espantam?! A proximidade do mar não pode condicionar as minhas escolhas?
No mapa, risquei uma linha a verde (de esperança), assim numa espécie de fronteira entre o que fica perto e o que fica longe... do mar.
Pouco tempo mais tarde, percebi que, para quem está no início (eu sei que não posso dizer da carreira), esta história de manifestar as preferências é mais uma treta em todo o processo de colocação de professores.
E é por tudo isto que admiro os meus colegas que, ano após ano, vão conhecendo o país para aquém e para além da linha verde.
Boa sorte para todos!
domingo, 2 de julho de 2006
O que o futebol faz a uma mulher
- Finalmente! Não acredito que vieste comer (…)
- Ah pois! E olha que nem é mau de todo. Desde que não lhes veja os cornos.
- Da próxima vez ordeno que lhes sejam cortadas as hastes na cozinha.
Alguns (muitos) (…) mais tarde; (des)coberto o prazer ou talvez não.
- Isto é bom! Não foi fácil com o primeiro… esta coisa do paladar e tal. Manias do hábito, o hábito. Até já achei o jeito e nem preciso de o olhar de frente: aproximo o orifício dos lábios, sinto-lhe o sabor, detenho-me uns segundos, imóvel nesse (quase) prazer, e… isso, isso, é assim como se comesse esparguete como não se deve comer esparguete. Repara. Oh, este não quer sair. Está tímido. Envergonhei-o. É um (…) dos difíceis. Anda, não me deixes mal agora, que figura que eu estou a fazer, sai pá, mostra-te ao mundo, quer dizer, às minhas vísceras. Nada.
Entretanto, na mesa ao lado, comiam-se as cascas (qual é mesmo o nome daquilo?) e tudo. Está bem, eu corrijo: comiam-se as casas e tudo. A sério!
quinta-feira, 29 de junho de 2006
As pedrinhas que se atiram
Tudo corrido à pedrada! Mas... eu nem sou inspectora!
Quanto ao ambiente... eu cá separo o lixo.
Noites sem son(h)o
"Tens mãos de pétalas"- costumavas dizer.
"Sou rosa" - deixava escapar, com risinho maroto.
E sorrias e deixavas-te envolver pelo perfume doce dos espinhos.
Mas nunca soubeste poesia e perdi-te entre metáforas e hiperboles.
Não soubeste buscar(-me) a rima e cruzando-me, interpolada, fiquei só em verso solto.
Apetece-me tanto usar as letrinhas! Isto acontece sempre que tenho de escrever relatórios e despachar outras burocracias... e a madrugada avança com vozes de pedra.
terça-feira, 27 de junho de 2006
O vento no meu cantinho
Assim não consigo arejar o sótão.
domingo, 25 de junho de 2006
Ausência
Com atraso...
a gerência deste espaço pede para avisar que estará temporariamente (ou definitivamente) ausente por motivos de obras, arrumações e limpezas no sótão.
Um pedido de compreensão a todos aqueles que aqui mergulham.
terça-feira, 20 de junho de 2006
segunda-feira, 19 de junho de 2006
Presentes do dia
À segunda é dia de carta e eu hoje tive o privilégio de receber uma
carta privada
Minha querida,
o mais preocupante com a experiência,
com a experiência que se acumula com a passagem dos anos,
é que se torna cada vez mais difícil
ver o mundo com originalidade,
isto é, como na primeira vez.
É este o esforço que devemos a nós mesmos
para que a experiência não se torne a corda
com que nos enforcamos, a corda
com que enforcamos os nossos sonhos
e a capacidade de mudar.
Luto cada vez mais ferozmente,
dia a dia, linha a linha,
para derrotar a experiência,
esse lixo que se deposita em nossos corações
e, se não o limparmos regularmente,
corremos o risco de os deixar inabitáveis.
Um coração inabitável é um coração a menos;
um coração a menos é matemática.
Limpa o teu coração da experiência acumulada,
deixa que ele se torne de novo habitável
e possas então receber alguém com quem abrir
as janelas e sentarem-se juntos os dois
a ver aquele doce barco de que me falas
para lá e para cá, para lá e para cá,
a dançar no salão da ria.
Um beijo que te faça sorrir,
e sem que manche esse mau feitio,
PJM
Quem disse que eu tinha perdido a capacidade de ser surpreendida?!
Há sempre alguém que, não me conhecendo, conhece tanto de mim!
Obrigada, PJM!
sábado, 17 de junho de 2006
Flor o quê?!
Presentes atrasados
Do mar imenso
Banha os socalcos das tuas células
Como os socalcos da Terra
Que nas praias se ajoelha diante dele
Como que conversando com Deus
Ou consigo própria
Assim vais tua diante dele
Caminhando pelos teus pensamentos
Provocando-lhe calafrios
Lá bem nas profundezas do céu onde nasce
E todo ele tremendo
Vem em ondas ajoelhar-se perante ti
Beber força em ti
Oferecer em troca as suas ondas
Orações vibrantes
Que vibram desde lá
Onde o mar beija o horizonte
E acaricia a face do céu
Sou eu nele e ele sou eu.
*Não gostei do título, F.F.. Vou pensar noutro.
E se eu desse ao poema o nome que é meu?!
o de 5ª feira
"- Sabes... quando se está muito triste, muito triste, é bom ver o pôr do Sol..."
O Principezinho, de Saint-Exupéry (E que presente!)
Há dias em que me sinto com uma energia que se transforma em agitação, num querer fazer tudo e nada fazer. Sensação semelhante à pós-copos-de-vinho-tinto: tremuras nas extremidades e um não conseguir estar quieta. Se me conheço, sei que a melhor forma de ultrapassar a crise é esgotar toda a energia, pôr-me a mexer. Fiquei assim depois do jantar. (Calma, não houve vinho tinto; talvez efeito da ansiedade ou da tristeza.)
Dois quilómetros mais tarde estava junto ao mar e contemplava o pôr do sol. (Um dos mais belos dos últimos 27 anos!)
Tive-a assim só para mim beijada pelo azul da água e pelo cinzento do ar. Umas gotinhas atrevidas soltaram-se e, docemente, acariciaram-me a pele suada pelo esforço da caminhada. Aos poucos foram crescendo.
Absorvida no momento, anestesiada pelo cheiro da areia molhada, deixei-me ficar adormecida naquele instante.
Percebi que vou poder lavar o cabelo nos próximos tempos; as rastas resistiram à chuvada. E eu também.
quarta-feira, 14 de junho de 2006
O presente
Chove em mim. Arrefeceu, apesar da temperatura elevada. O frio da desilusão, da falta de respeito do ser humano, do vale tudo.
É assim o presente.
Há distância de uma chamada, a voz de um amigo (que inveja o mar):
-Não achas que estás a dar demasiado valor a isso?
-Eu sei que estou. Vou ficar bem. Amanhã, ao recordar o momento, irei sorrir. Prometo.
Neste presente o teu presente (logo a seguir ao do Chico):
Acariciando os meus pés na areia molhada,
os meus olhos caminham pela imensidão do mar,
à procura de águas calmas onde me sentar,
mas todo ele é revolta e saudade,
ciúme e tempestade.
Sentei-me aqui na areia
esperei que ele viesse até mim,
depois de acalmar, o mar.
Em esforço se impelia para mim
rebolando-se sobre si mesmo
mas algo mais forte o violentava
e, constrangido, recuava.
O meu olhar mudo
continuou a chamá-lo,
cerrei os meus olhos
como quem cerra os lábios para beber,
queria tragar toda a sua força,
saciar com ela a minha alma,
onde eu poderia mergulhar
e desvendar, quem sabe decifrar,
todos os segredos que confiaste ao mar.
Foi a promessa que ele te fez
que não o deixava vir até mim,
prometeu-te segredo eterno,
sacrificou a sua calma
para viver as tempestades por ti,
confiou-te a sua alma
para seres maior que ele!
F.F., 2005
Há greve colegas! À praia!
terça-feira, 13 de junho de 2006
Quase quase
Estou para ver se aquele informador dos pedaços de mim passa a página e muda o 7. Esse que teima em dizer que eu sou "gemini" e "horse" como se isso interessasse...
Hoje recebo o do Chico que aqui vos deixo:
Maninha
Se lembra da fogueira
Se lembra dos balões
Se lembra dos luares dos sertões
A roupa no varal
Feriado nacional
E as estrelas salpicadas nas canções
(...)
Se lembra da jaqueira
A fruta no capim
O sonho que você contou pra mim
(...)
Se lembra do jardim, ó maninha
Coberto de flor
(...)
Que a gente combinou
Eu era tão crinça e ainda sou
Querendo acreditar
Que o dia vai raiar ...
Chico Buarque, 1977
(quase, quase da minha idade)
Olhó manjerico!
(Bem, para já fiquei sem luz por causa da trovoada que decidiu fazer-nos uma visita! Abençoado portátil que, no meio desta escuridão que se apoderou do meu quarto, me permite espreitar o mundo e continuar a escrever... Não sei que mundo; não sei que letras.)
segunda-feira, 12 de junho de 2006
O regresso da águia
À bola de novo
Valia pela companhia, pelos jantares, pela green que se bebia fresquinha.
Valia pelo teu abraço mesmo depois da derrota.
Ontem descobri as vantagens de ficar no sofá. Posso adormecer na segunda parte. E adormeci.
(A)final era só um jogo entre países irmãos.
Aguardem o Portugal-Angola (na final).
Evocar aqui o Euro 2004 não me parece um bom prognóstico.
a voz: - Cala-te! Tu não percebes nada de futebol.
- Sim, mas a Grécia...
domingo, 11 de junho de 2006
Força Portugal!

- Queres uma cerveja?
Um pouco desencantada, também, com os meninos da bola... resta-me torcer. Força Portugal!
quinta-feira, 8 de junho de 2006
Parabéns!
Parabéns!
quarta-feira, 7 de junho de 2006
O desejo sentido
Estranho-me assim porque (ainda) te sinto quando não estás.
É o desejo a querer tornar-se brisa na tua ausência.
Demoras muito?
terça-feira, 6 de junho de 2006
Cuidado com a Besta!
Atenção à marca da Besta; atenção ao número da Besta.
Apocalipse 13, 16-18
"Fez com que todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, pusessem um sinal na mão direita ou na fronte para que ninguém pudesse comprar ou vender, se não fosse marcado com o nome da Besta ou com o número do seu nome. É aqui que é preciso sabedoria! Quem for dotado de inteligência calcule o número da Besta, porque é o número de um homem, e o seu número é: seiscentos e sessenta e seis."
Mas o6/o6/o6 não é 666, pois não?
"Hexakosioihexekontahexaphobia" (in WIKIPÉDIA) é o palavrão para o medo do número 666.
Se eu iria ter uma fobia que mal consigo pronunciar...
segunda-feira, 5 de junho de 2006
A pastilha da ministra
O presidente entre a ria e o mar
Hoje foi dia de festa. Uma sessão privada da reunião de câmara transferida para este lado do oceano?! Mas que luxo!
Temos bandeira azul! Temos bandeira azul! Ai não sabiam?! Estas visitas, as pinceladas aos arredores da praia, os buracos preenchidos com alcatrão, as daninhas arrancadas à pressa, o projecto "Mar com Letras"... Então?! Que esperavam?!
A bandeira veio, sim, mas o isolamento irá manter-se (o que não é mau) pois parece que o ferry é que já não vem este ano.
31 anos à espera de quê? E agora em 10 meses conseguiram o quê?
Ah bom, desculpem, é que não dei por nada a não ser pela podridão do casco. Quando aquilo começar a navegar... ai!
Fada
s. f., entidade fantástica dotada de poder sobrenatural; mulher notável pela beleza, encanto, bondade ou graça.
mãos de -: mãos habilidosas, que tudo fazem na perfeição.
(in PRIBERAM)
Fada Alexandrina: soaria bem mas diria muito de mim.
Fada do lar: eu?! Que enfio o cu da agulha pela carne dentro só para coser as alças de um top?! E até o CN cose e coze melhor do que eu.
Fada do mar: está-se mesmo a ver porquê...
Caro E.,
isso das ninfas e tal é lá para os rios. Isto aqui é uma ria sim senhor! E não há cá "Ávides" qual "Tágides" porque escasseiam os (bons) poetas.
domingo, 4 de junho de 2006
sábado, 3 de junho de 2006
Encomenda
sexta-feira, 2 de junho de 2006
Obrigada RFM!
Gostava de ter ido hoje; pelo Santana e pelo Roger Waters; ou talvez não; aquilo é muita gente e muita poeira no ar; estou bem aqui no aconchego do meu quarto.
Obrigada RFM!
quarta-feira, 31 de maio de 2006
Cromoterapia
Para Rir... (piada do min-edu)
"Não há coincidências"...
Instantes de uma mensagem enviada em jeito de desabafo.
Acha que isto é que é informação decente??? (Ou quereria dizer docente?)
A mensagem da prevenção rodoviária teve mais piada! Essa sim veio mesmo a calhar, num dia pesado (leia pesado mesmo).
Quanto a esta também a recebi (só é pena trazer erro ortográfico - não, Rosa, é uma gralha).
E depois digam que não há coincidências... (Ah, isso é a pirosa da Margarida que diz!) (Não ligue. Nem sei como é que ainda consigo tentar o humor - não, não é o amor; quanto a esse já nem me esforço. Pobre Rosa!
As coincidências... de hoje a um mês estarei desempregada!
Sabe o que me disse a chefe hoje a propósito da correcção da prova de que lhe falei?
"Rosa, não seja tão exigente! Não queira ser mais papista que o papa."
Conhece o papa? Dê-lhe cumprimentos meus.
Estou um caco. Desculpe.
- Qual é a relação entre belo e embelezar? E entre amante e amar?
a voz: - Claro que é a mesma. Deixa lá isso do particípio presente que não interessa nada.
terça-feira, 30 de maio de 2006
Uma espécie de dor
Daqui a 61 dias estarei desempregada. Sairei de cabeça erguida, como diz a mãe.
E conhecedora do final do filme, à faina me entrego com o entusiasmo e dedicação (afecto, cientificidade, blá, blá, blá) das primeiras horas do dia em que aqui cheguei e menina doutora me quiseram.
Sensação de tarefa cumprida. Fui a última a abandonar o barco e só o fiz depois de o saber ancorado.
segunda-feira, 29 de maio de 2006
As sandálias

Ou seria o efeito das andálias* novas e dos centímetros que com elas cresci?!
Agora?!
domingo, 28 de maio de 2006
A minha praia...
sábado, 27 de maio de 2006
Foi o ovo, foi o ovo!...
Ao que tudo indica terá sido o ovo a nascer primeiro ainda que não tenha saído da galinha.
O quê??? Isto não é fácil! Desculpem, mas devemos pôr em causa a identidade dessa pobre. Já não lhe bastava estar com gripe, vê-se assim atirada para um mar de incógnitas. Quem é que pôs o ovo, então? E não será de questionar também a paternidade?!
Humm, algo me segreda ao ouvido que há aqui vontades alheias.
Toca a sair da capoeira!
Pedaços de mim que vou deixando por aí
A noite passada acordei com o teu beijo
descias o Douro e eu fui esperar-te ao Tejo
vinhas numa barca que não vi passar
corri pela margem até à beira do mar
até que te vi num castelo de areia
cantavas “sou gaivota e fui sereia”
ri-me de ti “então porque não voas?”
e então tu olhaste
depois sorriste
abriste a janela e voaste
Sérgio Godinho
O meu lado gaivota deixou-me assim... sem forças, vazia de letrinhas, batem(-me) as asas das tremuras que (me) invadem as penas. Um vento mais forte; um voo mais baixo; beijo essa onda com o meu corpo frágil. Não aguento a procela, inclino a cabeça e deixo-me tombar.
Olha, volto mais tarde para comentar, pode ser?
quinta-feira, 25 de maio de 2006
Piada (com oferta de emprego)
E também não acho piada a essa história do ás do volante e tal.
Mais uma. E lá vão 5 (3 por excesso de velocidade)... e lá vou eu ficar sem carta.
Bastou um só retrato (em ocasião em que eu estava penteada; eu que brincava com esta história do ficar bem na fotografia) para agora virem os flashes aos magotes na minha direcção. Ele é disparo a seguir a disparo!
Parem lá com isso, senhores bófias! Eu ofereço uma foto de corpo inteiro aí para o posto. Depois é só ampliar.
quarta-feira, 24 de maio de 2006
O que o meu cérebro faz...
Enquanto espero por umas alminhas que não chegam... num intervalo entre o fazer alguma coisa e o não fazer coisa alguma...
Vejo o correio.
Não resisti.
(Português brasileiro, né? Mas dá p'ra entender!)
3M D14 D3 V3R40, 3574V4 N4 PR414, 0853RV4ND0 DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4 4R314. 3L45 7R484LH4V4M MU170 C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314, C0M 70RR35, P4554R3L45 3 P4554G3NS 1N73RN45. QU4ND0 3575V4M QU453 4C484ND0, V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U 7UD0, R3DU21ND0 0 C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4.
4CH31 QU3, D3P015 D3 74N70 35F0RC0 3 CU1D4D0, 45 CR14NC45 C41R14M N0 CH0R0, C0RR3R4M P3L4 PR414, FUG1ND0 D4 4GU4, R1ND0 D3 M405 D4D45 3 C0M3C4R4M 4 C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0. C0MPR33ND1 QU3 H4V14 4PR3ND1D0 UM4 GR4ND3 L1C40; G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4 C0N57RU1ND0 4LGUM4 C0154 3, M415 C3D0 0U M415 74RD3, UM4 0ND4 P0D3R4 V1R 3 D357RU1R 7UD0 0 QU3 L3V4M05 74N70 73MP0 P4R4 C0N57RU1R. M45 QU4ND0 1550 4C0N73C3R 50M3N73 4QU3L3 QU3 73M 45 M405 D3 4LGU3M P4R4 53GUR4R, 53R4 C4P42 D3 50RR1R! S0 0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 o C4R1NH0.
0 R3570 3 F3170 D3 4R314!
(Enviado pela T.)
terça-feira, 23 de maio de 2006
Diamonds...
Pequenos luxos
a voz: - 65 euros?!
eu: - Sim, ouviste bem.
a voz: - P'ra arranjar as unhas?!
eu: - Sim. Eu sei que é...
Na cozinha
Por uma questão de civismo

*vaidades à parte, creio que o blogue não teve nada a ver com isto.
sexta-feira, 19 de maio de 2006
Hora de almoço
Que sensação estranha esta que me cerca no intervalo (da vida). Foi-me apetecer escrever agora... E não sei sobre o quê. Isto de ter um tema sem tema... Muito bem, sra. professora, veja a incongruência do texto livre! O livre que não se livra do peso do nada que assim pintado até parece estratégia viável mas que só serve para entreter (o professor, que o aluno, esse pobre, (se) aprisiona diante da folha em branco qual náufrago arrastado por veloz onda até costa incerta.)
Poderia falar, perdão escrever (então mas isto do escrever não é falar ou conversar ou deixar vir aqui as letrinhas?), sobre a greve da função pública, sobre o encerramento da Semana Cultural, sobre os nascimentos em Espanha, sobre o filme que ainda não vi, sobre a tal prelatura pessoal, ou sobre a selecção nacional...
E se falasse sobre os benefícios de uma alimentação saudável, o perigo do tabaco e do consumo excessivo de café? Ai!
E não é que deixei fugir a hora de almoço.
Prometo voltar ao lanche. Falarei, então, sobre o tempo. Grande tema, esse! Não, não serve apenas para aqueles momentos... como este.
O sol brilha. A temperatura sobe e não se prevê chuva.
quinta-feira, 18 de maio de 2006
A mana
- Olhem, é uma menina! Fui eu que a pedi. E abriu os olhos para mim! Não foi nada a cegonha... foi aquela história da sementinha que a mãe contou.
Alguns anos (coisa pouca) mais tarde...
- Só vou aí jantar se houver bolo!
Parabéns, miúda!
A menina canta?
quarta-feira, 17 de maio de 2006
Happy Feet
http://www2.warnerbros.com/happyfeet/videoplay.html?id=Trailer2&type=windows&speed=300000
(Cliquem que vale a pena. O que eu já me ri aqui com o piqueno Mumble. E que bem que ele canta! Um amor! Só precisa de uns ensaios do R.P.. Assim como eu!)
Que chatice ter de esperar até Novemberrrrrrrrrr...
Loirices
Dúvidas têm surgido a propósito da caixinha ali ao lado.
A pedido de vários curiosos cá vai (e cá fica), então, a definição.
Loirices: s. f. Acto praticado por mulher loira (não há homens loiros, alguns têm o cabelo claro). Geralmente atribui-se uma conotação menos positiva aos referidos actos, não se percebendo muito bem porquê. Certos dicionários indicam como sinónimo (imagine-se!) burrice. O grande artista brasileiro Gabriel, o Pensador, celebrizou-se com uma canção que é hoje assumida pelas mulheres como hino à inteligência (do Gabriel, claro!): "Loira burra".
Note-se que este instante brilhante (ai que aliteração estonteante) não é meu. É do... ops, ai o que eu fiz. Eu bem lhe disse que isto vinha para aqui. E não é que veio mesmo! E agora não sei (ou não quero) fazer "delete". Limitações de loira.
A vingança da dita, parte II.
O meu contributo (ou a humilde sugestão da humilde aprendente): acrescente à sua definição os usos excepcionais da palavra. Afinal há loiras e louras! E há louras com singularidades.
Quase quase a regressar
Parece-me um belo número... de perfeições ou imperfeições.
(Ena! Não publicava há 7 dias!)
Quase quase a terminar esta fase de pós-orgasmo...
quase quase a regressar a estes instantes.
Sem perguntas. Sem justificações para ausências. Sem explicações para escritas noutros espaços e vazios cheios de nadas no meu.
Saibam apenas que foi bom (o orgasmo).
Eu sei; mas desisti; não consigo alterar as cores a esta porcaria de fundo; fica como está; pelo menos por enquanto; ignorem. Mudei a camisa, sim, mas que culpa tenho eu se no meu armário só existem peças rosa.
quarta-feira, 10 de maio de 2006
Encontro
E o amor dos dois também se encontrou.
(...)
O amor desfrutou do corpo dele e de todo o seu ser...
O amor desfrutou do corpo dela e de todo o seu ser...
Foi tudo tão novo!
Tão inesperado!"
Do livro Fala-me de Amor, de Graça Gonçalves
terça-feira, 9 de maio de 2006
Essa história da paixão e tal...

Batendo as asas
A onda que me trouxe me devolve à imensidão. E parto nesta ausência que me consome e me devora lentamente.
O meu estatuto de miúda-gaivota apela a que vá para outras paragens. E eu vou. Bato as asas na ânsia de soltar as amarras que me prendem a esta nau (de casco colorido, em demasia; sinto-o).

domingo, 7 de maio de 2006
Mãe
sinto uma paz dentro de mim
e estou feliz no meu cansaço!"
Eu prometo escrever umas letrinhas...
Perdoa, Mãe. Estou exausta. E é tão bom ficar só no teu regaço, ter-te aqui e olhar-te enquanto sorris.
Obrigada.
quinta-feira, 4 de maio de 2006
Data única
hoje é dia 4 de Maio de 2006 e passam 2 minutos e 3 segundos da 1h, ou seja, 01:02:03 04/05/06
Isto nunca mais vai acontecer.
Insignificâncias. Vou é dormir; para mim cada momento é único. E aqui deixo um;
um instante de egoísmo em que tive a minha praia só para mim.

quarta-feira, 3 de maio de 2006
Fitinhas
Estou cansada de assinar fitinhas e já não consigo fugir à lamechice que tanto me incomoda e aborrece.
"Quando me aproximei, as saudades também se aproximaram. (...)
- Não estejas assim. Eu vou contigo, eu estou contigo, de outra maneira. Está dentro de ti tudo o que partilhámos. É assim a amizade."
Graça Gonçalves
E agora vou escrever a da mana. Ó musas, estai comigo neste momento! Trazei até mim "um som alto e sublimado, Um estilo grandíloco e corrente"... que me falta a voz e se me enleiam os dedos.
terça-feira, 2 de maio de 2006
Coragem precisa-se
Quem disse que a minha praia fica longe de tudo?
Adorei*! A minha ria é mesmo um encanto! O mar é... imenso!
(E eu que pensava que seria uma voltinha na baía.)
Um aviso: cuidado com a ponte!
Aquilo visto de baixo assusta! Tapem a fenda.
Não sei se volto ao farol, apesar da paixão.
Nadas que enchem vazios
de nada vale;
tem o valor de um fantasma perdido no vazio dos nadas.
Só porque hoje me sinto ainda mais gaivota.
segunda-feira, 1 de maio de 2006
Dia do quê???
E não é que se foi o meu sossego! De onde veio esta gente? Meia hora para comprar pão?
E logo ao pequeno-almoço a minha deliciosa paisagem se transforma em.... autocaravanas* mais autocaravanas.
Será que não há parques de estacionamento para estas coisas? E por acaso sou eu obrigada a contemplar os dejectos nocturnos de certas criaturas?
Por favor, faça-se algo. A minha ria não merece isto.
domingo, 30 de abril de 2006
Não sou um carro desportivo...
A propósito de um teste que o CN tem no "bloguedele"
(adaptado de um comentário que lá deixei)
Olhem o que me saiu na rifa*:
I'm a Porsche 911!
You have a classic style, but you're up-to-date with the latest technology. You're ambitious, competitive, and you love to win. Performance, precision, and prestige - you're one of the elite, and you know it.
Take the Which Sports Car Are You? quiz.
*atenção: eu fiz o teste mas eu não sei inglês. Eu é mais português!
(Prometo que um dia o farei com o dicionário ao lado, para não viciar os dados.)
Isto está tudo mal... Até porque o CN, que eu sei bem, é mais SLK. E eu... SUV SUV SUV (ando é indecisa quanto à marca).
sábado, 29 de abril de 2006
E hoje sabe-me a boca a sal
Foi bom sentir de novo, depois de tantos meses, a areia sob os pés pálidos de tantos dias de sombra. E não resisti: os sapatos atrasaram-se na corrida, ficando para trás; primeiro um dedo, depois mais um (ou será que foram todos ao mesmo tempo?!), o tornozelo... ops, essa onda, malandra, molhou-me os joelhos.
quinta-feira, 27 de abril de 2006
quarta-feira, 26 de abril de 2006
No rescaldo de Abril
Isto das festividades tem o seu encanto: há jardins e palhaços e balões e aquele alguém que não foi convidado!
Mas abrir um noticiário com a informação de que hoje se comemora Tchernobil* fica sempre bem.
Evocamos uma catástrofe nuclear qual fogo de artifício!
Vítimas?!
Seremos nós... deste jornalismo que tudo festeja.
*eu ouvi isto na rádio naquele instante em que saltava da cama.
(Fui interrompida por alguém que está interrompido e com estas interrupções foram-se os instantes que queria trazer para aqui. Ou não queria; faz parte da estratégia da interrupção).
27 graus em Viseu.
Veio para cá esta brasa
e foi no que deu!
terça-feira, 25 de abril de 2006
O blogue do CN
O rapaz tem muito talento! Aqui fica o desabafo em jeito de elogio. (Ou será o elogio em jeito de desabafo?)
Ah, e são dois... que ele não fazia a coisa por menos.
Ficou a blogosfera (que é assim uma espécie de esfera quadrada) mais rica!
aicomistovai...
A voz: já chega de letrinhas azuis, Rosa. Então agora só nos trazes aqui as vozes dos outros?!
Eu sei, mas eles dizem tão bem... E neste instante eu sou eles.
Sinto-me: pequenita e... envergonhada.
Manhã de Abril
e há gritos que se soltam...
As brumas do futuro
Sim, foi assim que a minha mão
Surgiu de entre o silêncio obscuro
E, com cuidado, guardou lugar
À flor da Primavera e a tudo
Manhã de Abril
E um gesto puro
Coincidiu com a multidão
Que tudo esperava e descobriu
Que a razão de um povo inteiro
Leva tempo a construir
Ficámos nós
Só a pensar
Se o gesto fora bem seguro
Ficámos nós
A hesitar
Por entre as brumas do futuro
A outra acção prudente
Que termo dava
À solidão da gente
Que deseperava
Na calada e fria noite
De uma terra inconsolável
Adormeci
Com a sensação
Que tinhamos mudado o mundo
Na madrugada
A multidão
Gritava os sonhos mais profundos
Mas além disso
Um outro breve início
Deixou palavras de ordem
Nos muros da cidade
Quebrando as leis do medo
Foi mostrando os caminhos
E a cada um a voz
Que a voz de cada era
A sua voz
A sua voz
(Pedro Ayres Magalhães;
interpretado por Madredeus)
Este ano não me apetece ouvir o Zeca.
E a liberdade?
Valeu a pena, pois!
Mas eu não estava. Tudo se passou na minha ausência.
Então e agora? Estou e não estou.
segunda-feira, 24 de abril de 2006
"Sou como as ondas do mar"
Segredos
Meu amor, porque me prendes?
Meu amor, tu não entendes?
Eu nasci p'ra ser Gaivota.
Meu amor, não deseperes
Meu amor, quando me queres
fico sem rumo e sem rota.
Meu amor eu tenho medo
de te contar um segredo
que trago dentro de mim
sou como as ondas do mar
ninguém as sabe agarrar.
Meu amor, eu sou assim.
Fui amada, fui negada
fugi e fui encontrada
sou um grito de revolta.
Mesmo assim, porque me prendes?
meu amor tu não entendes
Eu nasci p'ra ser Gaivota.
(Interpretado por Kátia Guerreiro)
Hoje eleva-se a gaivota que em mim existe...
No fumo da noite, o mar traz segredos que me conta.
Aqui eu já sou ele, e as ondas envolvem-me no abraço que não tive.
Há silêncio neste marulhar.
Estranhos instantes...
Sinto e tudo paraliza em mim como quando estavas e eu não queria que estivesses. É a ordem inversa. É um querer que já não quero.
(...)
Tomara
Que a tristeza (me) convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
(...)
Vinicius, Livro de Letras (com uma necessária mas ligeira adaptação)
Ondes estás?
As obras da Mãe
domingo, 23 de abril de 2006
Beira-Mar
Hoje é dia do livro!
sábado, 22 de abril de 2006
E por falar em quatro mãos...
Ai quem me dera repetir agorinha mesmo!
Ai, quem me dera terminasse a espera
Retornasse o canto simples e sem fim
(...)
E, finda a espera, ouvir na Primavera
Alguém chamar por mim
Vinicius
- Desculpe, o que vai tomar hoje?
- Era um SPA, por favor. Ah, e o Livro de Letras, de Vinicius de Moraes. Obrigada.
A quatro mãos
Rosa diz:
se não fosse meu primo*... não me escapava
E. diz:
quanto mais primo mais se lhe arrima
Rosa diz:
não, que este é direito
e não rimou
a prima é que arrima
E. diz:
deveria ter sido com prima
Rosa diz:
isso
E. diz:
pois, é na prima que se arrima
Rosa diz:
(lá está o homem a repetir-me)
não, pelo menos nesta prima
nesta prima não se arrima nada
nada se arrima na prima
E. diz:
mas rima-se ao menos
Rosa diz:
rima-se
E. diz:
rima-se a prima a quem não se arrima
Rosa diz:
porque se a prima arrimasse...
E. diz:
ui
Rosa diz:
já não havia rima.
E. diz:
assim não rima
E. diz:
vamos lá compor isso bem
Rosa diz:
diga, diga
E. diz:
rima-se a prima a quem não se arrima
porque se a prima arrimasse
já não havia rima que a parasse
(assim é que fica bem)
Rosa diz:
fica muito bem
E. diz:
também acho
e tem o seu quê de misterioso
e foi feito a quatro mãos
Rosa diz:
e vai direitinho para o meu blogue porque o seu está interrompido
e com esta me despeço
E. diz:
olhe que fica lá muito bem
(*O primo é um rico primo mas não é para aqui chamado.)
sexta-feira, 21 de abril de 2006
quarta-feira, 19 de abril de 2006
É tudo meu!
terça-feira, 18 de abril de 2006
Descongelada


Acho que também estou a descongelar!
(Poderá ser bom?!)
O que eu faria por uma bolota deliciosa!...
Não houve bolota... vieram as pipocas e a companhia de dois dos meus amores! Fomos ao cinema.
segunda-feira, 17 de abril de 2006
Velocidade/morte
Tarefa terminada...
Para calar esta voz que me persegue, sim, essa, a da minha consciência, lá lacrei aquela coisa (?)
Em vão...
Não é agoiro, não!
O F. disse-me hoje:
- Loirinha, tu és pessimista! Eu acho que tu tens uma estrelinha da sorte...
Talvez o rapaz tenha razão. Ou talvez não.
Se eu fosse pessimista... nem tentava.
Quanto à sorte... isto não vai lá com estrelinha! Teria de ser uma constelação! E das grandes! Qual é a maior?
Já lá vai o tempo (eu fui escuteira, ah, fui!) em que lia olhando o céu e me orientava fazendo cálculos que hoje me parecem bem mais complicados que projectos de doutoramento.
(Tantas vezes me perdi...)
domingo, 16 de abril de 2006
E mais momentos...
A semana tem sido santa numa semana que já é Santa!
E os instantes têm sido de felicidade.
- Mas nós íamos ao cinema...
Mais uma volta, "madinha"! Gomas!!! "Godão" doce! "Faturas"!
A boneca chama-se "madinha"! (na Feira de Março)
- Vamos à "paia", "madinha"! Vamos andar de "ciéta"? "Bi-ci-éta".
Ficaste tão feia na "togafia", "madinha"! (em casa da tia A. do lolé)
- Ó filhinha...
- Um ovo mole raspadinho...
- Vou pá Gafanha da "zaré"!
É tão bom ser "miminha", "maínha", "madinha"... o que virá a seguir?
Boa Páscoa!
Aqui há tradições que se repetem... há o folar quente e aquele instante inesquecível; há amêndoas que se trocam por beijos; há afilhadas, madrinhas e padrinhos; há sinos que tocam; há risos... que o dia é de festa!
quarta-feira, 12 de abril de 2006
Momentos de felicidade
- és feliz?
eu respondi
- estou feliz!
SER e ESTAR são verbos com diferentes traços semânticos, eu sei.
- Então mas afinal és feliz ou não?
- Estou feliz, já disse!
Se fosse feliz não andaria nesta busca... O trilho não teria qualquer sentido.
Procuro mais e mais* e nesse deambular vou estando feliz (dá jeito aqui o português brasileiro, né?).
E a felicidade é isto: um momento, vários momentos, muitos e repetidos momentos (que é o que desejamos).
E não é que fui encontrar nas palavrinhas do João esta história dos momentos de felicidade...
"A verdade é que, provavelmente, não existe a felicidade, mas talvez apenas momentos de felicidade..." ( in Sobre a mão e outros ensaios, de João Lobo Antunes, p. 120.)
*Eu sou exigente... Está bem, insatisfeita me confesso.
Eu estou feliz!
Algumas palavrinhas do Vinicius a propósito d' A felicidade
Tristeza não tem fim
Felicidade, sim...
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar
(...)
A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor
Tristeza não tem fim
Felicidade, sim...
(in Livro de Letras, de Vinicius de Moraes; música de Antônio Carlos Jobim)